Bolsonaro é, indiscutivelmente, o maior arregimentador de seguidores que se interessam por política no Brasil. A quantidade de influencers, a presença constante de ocorrências de seu nome dentro das aferições do Google, o aquecimento de compartilhamentos das ideias dele, tudo isso e muito mais faz o candidato do PSL realmente pensar pouco na deficiência de seu tempo na propaganda obrigatória.
Bolsonaro é tão forte, atualmente, que ele conseguiu melar o debate que a Jovem Pan iria realizar no último dia 27 de agosto com apenas 5 dos principais candidatos nas eleições 2018.
Na sabatina realizada pelo Jornal Nacional, ele não deixou de ser ele mesmo. Ao contrário do que muitos fazem, Bolsonaro manteve todos os seus argumentos, tal como sempre os usou em qualquer outro ambiente de debate. Ele de novo cadenciou o papo diante um seleto grupo de jornalistas detentores de prestígio e pompas. Ele lacrou diante de um ambiente pouco amistoso em suas ideias.
Bolsonaro, independente do juízo de valor, está cada vez mais forte. E esse grande poder de influência pode proporcionar um movimento ainda incerto, mas perfeitamente possível, a sua vitória no primeiro turno das eleições com votos suficientes para liquidar a disputa. Do contrário, ele será o alvo principal de um conjunto considerável da sociedade capaz de nivelar o discurso a patamares ainda pouco experimentados no Brasil.
O Estado Cidadão de hoje discutiu a influência do candidato do PSL e analisou o que Bolsonaro pode fazer para manter seu jogo atuante e competitivo.
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Quem se choca com a forma de pensar de Bolsonaro, desconhece a realidade das pessoas que hoje, em algum aspecto, identificam-se com as bandeiras populares que ele defende, independente das consequências sociopolíticos. E estas opiniões polêmicas só são assustadoras quando são colocadas na boca dele, porque o cidadão comum, volta e meia, está repetindo faz anos os mesmos argumentos irresponsáveis de uma consequência sobre sua realidade.
Falar como Bolsonaro é ouvir os mesmos comentários que se ouve enquanto se toma a cervejinha do final da tarde depois do expediente. Acontece que ele não está no boteco quando se candidata a presidência da república, ele estará em breve com a caneta na mão. Vamos esperar para que isso não seja levado ao pé da letra, porque não há eufemismo que dê conta das afirmações de Bolsonaro neste vídeo nos bastidores do Jornal Nacional.
Mérito de Bolsonaro
Não dá para negar que Bolsonaro seja um comunicador eficiente. Ele fala a língua do povo. Ele fala a língua simples que as pessoas entendem. Ele realmente tem uma forma simples de explicar seu ponto de vista sobre inúmeros assuntos, alguns deles bastante difícies, mas ele simplifica criando metáforas comparativas. Essa habilidade faz com que ele tenha essa adesão grande também das populações mais simples.
Bolsonaro desafiou o empoderamento que Willian Bonner valoriza em plena bancada do Jornal Nacional. Ele, além de mediar a própria sabatina, aproximou-se de Bonner em vários momentos ao exemplificar práticas vivenciais quando precisava falar de condutas e declarações espinhosas.
Bolsonaro fez o que quis e se consolidou sobre um público que ainda se dizia indeciso, mas simpático aos ideários radicais de um político pouco erudito e bastante próximo do desejo do cidadão.