Fernando Haddad conseguiu se tornar mais contraditório do que poderia. Ele usou sua experiência no segundo turno para negar completamente os eleitores que lhe confiaram o voto no último dia 7 de outubro.
O eleitor que se identificou com a proposta do Partido dos Trabalhadores confiou seu voto em Fernando Haddad. Porém, a estratégia do PT, tal como ao longo do seus anos, #camaleou novamente. Mudou totalmente a identidade, o discurso, a temperatura e as referências.
Tal como Zé Maria Trindade, jornalista da Jovem Pan News, identificou em sua análise no programa Partiu pra Cima, estas eleições 2018 estão marcadas pela estratégia associada às redes sociais. No entanto, Bolsonaro nada de braçada sobre a confusão que os articuladores petistas criaram para o posicionamento de comunicação de Haddad no segundo turno.
O que se entende é que o Partido dos Trabalhadores enviou comunidade ao candidato para se afastar do ex-presidente condenado pela Lava Jato, Lula. Assim, sem qualquer escrúpulos, tenta mirar os eleitores que não votaram em Haddad, mas depositaram em Ciro Gomes o voto do primeiro turno.
Sem escrúpulos, o PT demonstra que não tem qualquer dificuldade em ser contraditório até em suas propostas para o governo. Afinal de contas, o candidato do PT demonstra estar em constante ajuste de seus argumentos interpolando semelhanças entre as propostas mais populistas de todos os outros candidatos.
Quem votou em Haddad motivado pelo slogan Lula é Haddad e Haddad é Lula, pode se decepcionar com essa mudança drástica capaz de ancorar expressão falsa ante as promessas antes de outubro. É arriscado que Haddad consiga ter bem menos votos que no seu primeiro turno, principalmente pela quantidade de pessoas que poderão anular seu voto ou se abster das duas possibilidades. Assim, quem ganha novamente é Bolsonaro, pois os votos válidos serão bem mais expressivos contra o poste de Lula.